Terra de Ninguém - Fabio Brazza, Cachola

Terra de Ninguém - Fabio Brazza, Cachola

Год
2019
Язык
`Portugāļu`
Длительность
221680

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Terra de Ninguém

Fabio Brazza, Cachola

São os pais da maldade contra os filhos do bem

São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

São os pais da maldade contra os filhos do bem

São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

Do meu quarto a música vaza

Pela janela do terceiro mundo

A mensagem em primeiro plano pra nóis não chegar em segundo

Eu brisei, Brazza

Brasil tá num sono profundo

Tão fundo que é um buraco que sai do outro lado do mundo

Nóis joga os cachorro

Meu verso alerta mais que som de foguete que avisa os mano que chegou droga no

morro

Põe droga no forro do céu

Muleque de Havainas não teme as abelha pra catar os torro de mel

Eu corro, como um guri com os pé descalço

Rumo ao gol, só que é rumo ao show

Os mano vem a pé, vem de skate, de busão, não importa

Se é uno ou gol, os mano chega, pica o fumo e plow, plow

Verde e amarelo não é a cor

É preto e branco tipo feijão e arroz

E eu tô nos dois

Bate panela, cuzão, mas não é por nada

Essas panela são as que sabe que tem comida depois

Pelo concreto no chão, por nossas linhas de trem

Pelo barulho dos busão nos vai e vem

Não cai quem tem sorte ou quem tem muita grana

Se sai bem o porte em nome de quem nos trai sem dó

Mas mesmo assim me sinto bem, ó

Tentando enxergar além

Nos fone ouvindo Jorge Ben Jor

Em meio ao caos da rotina

Espiando atrás da cortina

Arde o olho e só vem pó

São os pais da maldade contra os filhos do bem

São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

São os pais da maldade contra os filhos do bem

São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

Eu tiro a ideia da cachola

O coelho da cartola

Entro de sola contra a opressão que nos assola

Esmola?

Tem!

Pistola?

Tem!

Escola?

Não

É tudo parte da alienação que nos controla

A ganância é um pecado capital

Mas hoje em dia

O capital em demasia é um Deus venerado

E quem critica essa forma de vida doentia

Ainda é taxado, cuidado

Não vivemos mais na guerra fria

Minha luta é pelo pão na mesa do bóia-fria

E contra os cuzão que apoia a CIA

Que financia a desgraça do mundo

E ainda tem quem o premia com joia e cia

É a mesma destruição que Troia via

Vemos como um presente

Cavalo dado não se olha os dentes

Pra maioria, o refugo

Os miseráveis não são só personagens do romance do Victor Hugo

Não é questão de ser socialista

Mas de entender que não se pode viver em um mundo aonde a fome exista

Desculpe-me mas não quer ser cúmplice

Daquilo que se compra e não cumpre-se

Que aja luz que nem em Gênesis

Por isso combato enemies

Em frenesis

Os mesmo reacionários que mataram os Kennedys

Herança maldita da segregação brutal em estados que nem o Tennesse

E pra quem viu o negro sofrer massacre no Alabama

Quem podia imaginar um dia ver Barack Obama

Eu vi o ataque do Osama

Mas o homem bom vence o homem bomba

Porque ainda assim os ama

São os pais da maldade contra os filhos do bem

São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

São os pais da maldade contra os filhos do bem

São as ordens que vem dos donos da terra de ninguém

Donos da terra de ninguém

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